De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), o ciclo da safra de soja 2023/24 foi encerrado em maio, e o vazio sanitário terminou em 24 de setembro de 2024, focando agora nas estratégias para a safra 2024/25 de soja. A semeadura, no entanto, depende da regularidade das chuvas e controle das altas temperaturas, ambos essenciais para o desenvolvimento do grão. As previsões climáticas para outubro apontam chuvas irregulares devido ao fenômeno La Niña, o que já levanta preocupações entre os produtores de soja em Goiás e em outras regiões do Brasil. A instabilidade climática pode atrasar o plantio da soja e comprometer a janela de plantio do milho safrinha no início de 2025.
Oscilações de preço no mercado de soja e seus derivados
Em 2024, o mercado de soja no Brasil experimentou flutuações nos preços, começando com uma queda entre janeiro e março, e, posteriormente, uma leve recuperação até atingir estabilização nos meses seguintes. Produtos derivados, como o óleo de soja, registraram valorização a partir de junho, impulsionada pela alta demanda interna para biocombustíveis. Em consequência, o volume de óleo de soja exportado pelo Brasil até agosto teve uma queda de 48,7% em relação a 2023, com Goiás registrando uma redução de 20,3%.
Pressão internacional: preços da soja nos EUA e exportação para a China
A análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) revelou que, em agosto de 2024, o preço da soja norte-americana caiu para US$ 10 por bushel, o menor valor desde setembro de 2020. Essa queda nos preços foi atribuída à oferta global excedente, que pressionou os preços internacionais, especialmente durante o período de pico de embarques para a China, o maior comprador de soja.
Expectativa de recorde nas exportações de soja do Brasil em 2024
Apesar das adversidades no mercado internacional de soja, o Brasil exportou 83,4 milhões de toneladas entre janeiro e agosto de 2024. A expectativa é que o país supere o recorde de 102 milhões de toneladas exportadas até o final do ano. Em Goiás, as exportações já alcançam 9,7 milhões de toneladas, superando o acumulado de 8,9 milhões no mesmo período de 2023.