A inadimplência no agronegócio brasileiro alcançou 7,3% no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023. Os dados foram divulgados pela Serasa Experian no dia 22 de julho.
Para calcular o índice de inadimplência, foram consideradas dívidas vencidas há mais de 180 dias e até 5 anos, com valores a partir de R$ 1.000, relacionadas ao financiamento e atividades do agronegócio.
Principais Dados de Inadimplência no Agronegócio
- Crescimento de Inadimplência: O aumento para 7,3% indica uma leve elevação que sugere estabilidade no cenário de inadimplência no setor.
- Impacto das Instituições Financeiras: As instituições financeiras que oferecem financiamento para atividades agrícolas foram responsáveis pela maior parcela de inadimplência, com 6,5%.
- Baixa Inadimplência em Outras Áreas: Proprietários rurais devedores no setor agro e áreas correlatas registraram inadimplência significativamente baixa, com apenas 0,1% e 0,2%, respectivamente.
- Diferença Geracional: Proprietários mais jovens (18 a 29 anos) apresentaram maior taxa de inadimplência (11,3%) em comparação com os mais velhos (80 anos e mais), cuja taxa foi de 3,1%.
Análise Regional da Inadimplência
A região norte do Brasil registrou a maior taxa de inadimplência no primeiro trimestre de 2024, com 10,5%. O nordeste e Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) seguiram com 9,1% e 9,0%, respectivamente. O sul do país teve o menor percentual, com 4,9%.
Região Norte: 10,5%
Região Nordeste: 9,1%
Matopiba: 9,0%
Região Sul: 4,9%
Sudeste: 6,2%
Centro-Oeste: 7,5%
Perspectivas Futuras
O cenário de inadimplência no agronegócio pode mudar devido aos impactos climáticos negativos provocados pelas enchentes deste ano. No entanto, a suspensão das negativações anunciada pela Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), a boa penetração de Seguros Rurais na região e a experiência da população rural podem minimizar esses reflexos.