O mercado brasileiro de milho enfrentou flutuações significativas de preços na última semana, com uma pressão de venda mais acentuada em alguns estados, resultando em quedas nos valores em lugares como Goiás, Mato Grosso e São Paulo. No entanto, em regiões como Rio Grande do Sul e Paraná, os preços se mantiveram estáveis ou até mesmo registraram alta.
A despeito dessas variações, os consumidores adotaram uma postura cautelosa em relação às intenções de compra, aguardando possíveis recuos adicionais nos preços. O andamento da colheita da safra de verão continuou a exercer pressão sobre as cotações, enquanto o retorno das chuvas em áreas produtoras de milho safrinha proporcionou um alívio em relação ao estresse hídrico, favorecendo o desenvolvimento das lavouras.
No cenário internacional, a expectativa em torno do relatório de oferta e demanda de abril do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos gerou impacto no mercado. Embora tenha havido um corte nos estoques finais de passagem para a safra dos Estados Unidos e mundial, os números ficaram abaixo das expectativas do mercado, mantendo uma perspectiva de ampla oferta para o cereal e pressionando a Bolsa de Chicago.
Quanto às exportações, o Brasil continua enfrentando uma participação fraca no mercado global de milho, com o cereal argentino demonstrando maior competitividade. Em abril, as exportações brasileiras de milho geraram uma receita de US$ 9,586 milhões, refletindo uma queda significativa em relação ao mesmo período do ano anterior.
Esses desenvolvimentos recentes destacam a complexidade e a dinâmica do mercado de milho, influenciado por uma série de fatores internos e externos. À medida que a safra prossegue e as condições de mercado evoluem, os produtores e consumidores continuam a monitorar de perto essas mudanças em busca de oportunidades e estratégias adequadas.
